Cultura das violências (des)necessárias: uma análise a partir da história brasileira

O “paraíso”, terra sem violências, não era a Europa dos ibéricos nem a Ameríndia, anexada como possessão. O encontro de ambos, contudo, potencializou as violências, em decorrência das pretensões ibéricas. A Modernidade foi inaugurada em conexão com a possessão violenta da Ameríndia. O “ter” em detri...

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Bibliographic Details
Main Author: Wachholz, Wilhelm (Author)
Contributors: Araújo, Thiago Nicolau de (Other)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: Imprensa Metodista [2017]
In: Estudos de religião
Year: 2017, Volume: 31, Issue: 1, Pages: 25-36
RelBib Classification:AD Sociology of religion; religious policy
CD Christianity and Culture
CH Christianity and Society
KAH Church history 1648-1913; modern history
KAJ Church history 1914-; recent history
KBR Latin America
Further subjects:B Religião
B Violências
B Cultura
B História
Online Access: Volltext (doi)
Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:O “paraíso”, terra sem violências, não era a Europa dos ibéricos nem a Ameríndia, anexada como possessão. O encontro de ambos, contudo, potencializou as violências, em decorrência das pretensões ibéricas. A Modernidade foi inaugurada em conexão com a possessão violenta da Ameríndia. O “ter” em detrimento do “ser” tornou as violências “necessárias” como forma de dominação. A cultura do consumo da (Pós-Modernidade)traduziu e preservou a cultura das violências a partir do princípio do “ter”. O mercado se complexificou, necessitando das violências, das competições, das exclusões, das opressões para apresentar-se, paradoxalmente, como solução do que ele próprio criou. Muitas igrejas na atualidade reproduzem e potencializam a cultura das violências sob a linguagem religiosa. Nossa tese neste artigo é a de que as violências não devem ser compreendidas pontualmente, onde “aparecem”, mas como “engrenagem” e “rede de violências”. O objetivo deste artigo é apresentar uma análise, relacionando violências da conquista da Ameríndia, em particular o Brasil, e Modernidade e a pontencialização das violências pela Pós-Modernidade, em especial, pelas religiões da prosperidade.
ISSN:2176-1078
Contains:Enthalten in: Estudos de religião
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/2176-1078/er.v31n1p25-36