Asherah: a ausência erótica de Deus = Asherah : The Erotic Absence of God

O presente atigo pretende demonstrar que Israel nem sempre foimonoteísta. Seguindo Reimer crença em um único Deus foi uma “construção cultural-religiosa ocorrida ao longo de um período histórico relativamente longo, basicamenteentre os séculos IX e V a.C”. O panteão israelita passou por diversas fas...

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Bibliographic Details
Subtitles:Asherah
Main Author: Thomaz, Angelica Tostes (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: UMESP [2018]
In: Mandrágora
Year: 2018, Volume: 24, Issue: 1, Pages: 59-76
Further subjects:B Asherah
B Javé
B Erotismo
B Monoteísmo
Online Access: Presumably Free Access
Volltext (lizenzpflichtig)
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Description
Summary:O presente atigo pretende demonstrar que Israel nem sempre foimonoteísta. Seguindo Reimer crença em um único Deus foi uma “construção cultural-religiosa ocorrida ao longo de um período histórico relativamente longo, basicamenteentre os séculos IX e V a.C”. O panteão israelita passou por diversas fases até chegar asíntese teológico-cultural mais propagada. E nesse desenvolvimento o monoteísmosuplantou Deuses e Deusas, entre elas está Asherah.O culto da Deusa-Mãe é um dos mais antigos da história da humanidade.Deusas como Inana, Ishtar, Anate, Asherah eram muito comuns nos tempos deconstrução do monoteísmo javista, sendo a própria Asherah consorte de Javé. Deusas dafertilidade, grandes-mãe, controladoras da natureza, características que gradativamenteforam assimiladas por Javé, o tornando o único Deus, Todo-Poderoso e assexual.A consolidação desse monoteísmo patriarcal representa também adessacralização da sexualidade e do erotismo. Ao suprimir as Deusas do panteãoisraelita a manifestação erótica de Javé também foi suprimida. Os Deuses e Deusas queoutrora eram representados por suas características sexuais e eróticas, em Javé, suamasculinidade, é representada apenas por associações como pai, guerreiro, rei e não porantropomorfismo.Nessa exposição trataremos de elucidar alguns pontos a respeito da construçãodo monoteísmo javista-masculino, a supressão da imagem da Grande-Mãe, focada emAsherah, e as consequências de um Deus dessexualizado para a tradição judaico-cristã.
This article aims to demonstrate that Israel has not always been mo-notheistic. This belief in a single God came from a cultural-religious construction raised the 9th and 5th centuries BC. The Israeli pantheon went through several phases until the most propagated theological--cultural synthesis. The consolidation of this patriarchal monotheism also represents the de-sacralization of sexuality and eroticism. And in this development monotheism supplanted Gods and Goddesses, among them is Asherah. In this exposition we will try to elucidate a few points about the construction of the Yahwist-male mono-theism, the suppression of the image of the Great Mother focused on Asherah, and the consequences of a desexualized God for the Judeo-Christian tradition.
ISSN:2176-0985
Contains:Enthalten in: Mandrágora
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/2176-0985/mandragora.v24n1p59-76