“Devoured by wild animals”. Trauma and post-traumatic stress in the children of São Tomé

Fugindo para Portugal, em 1492, para escaparem às conversões forçadas em Castela, os mais pobres e provavelmente os mais devotos Sefarditas foram confrontados com a inevitabilidade de pagaram um imposto à Coroa portuguesa. Esses judeus e os seus filhos viviam, na realidade, como escravos do rei de P...

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Détails bibliographiques
Auteur principal: Simms, Norman 1940-2022 (Auteur)
Type de support: Électronique Article
Langue:Anglais
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Publié: Ediçoes Universitárias Lusófonas [2006]
Dans: Revista lusófona de ciência das religiões
Année: 2006, Volume: 9/10, Pages: 163-179
Sujets non-standardisés:B Post-traumatic Stress
B CHILD slaves
B Multi-generational memory
B Forced Conversion
Accès en ligne: Volltext (Verlag)
Description
Résumé:Fugindo para Portugal, em 1492, para escaparem às conversões forçadas em Castela, os mais pobres e provavelmente os mais devotos Sefarditas foram confrontados com a inevitabilidade de pagaram um imposto à Coroa portuguesa. Esses judeus e os seus filhos viviam, na realidade, como escravos do rei de Portugal. O monarca passou aos capitães de São Tomé dois milhares de crianças destas escravizadas famílias, enviadas para uma nova colonização na ilha de S. Tomé. Muitos deles morreram no caminho ou nos primeiros meses, supostamente, devorados por animais selvagens, pois existiriam crocodilos e serpentes negras gigantes. Ficaram marcadas traumaticamente ao longo de gerações, pelo menos até ao século XVI, quando muitos dos descendentes seguiram para o Brasil, para a indústria nascente do açúcar. Alguns dos descendentes, em terceira ou quarta geração, destes acontecimentos traumáticos de 1493 pareceterem regressado ao Judaísmo aquando do domínio holandês no Recife. Este ensaio examina as evidências de um continuado e forte trauma, assim como os diferentesníveis de uma possível memória do Judaísmo que terão vivido ainda em crianças.
After escaping to Portugal to avoid the forced conversions of Castille in 1492, the poorest and probably most devout Sephardim found themselves unable to pay a tax imposed by the crown. They and their children were slaves of the Portuguese king. He then passed on to the Captains of Sao Tome two thousand children from those enslaved families and these child slaves were sent to form the core of the new island colony of Sao Tome. Most of them died en route or in the first months after arrival, supposedly devoured by wild animals. While there crocodiles and giant black snakes, this phrase covers a traumatic ordeal that continued and was reinforced through several generations, until the sixteenth century, when many of their descendants left for Brazil to transfer tyhemselves and their skills in the sugar industry to the New World. Some of these third or fourth generation survivors of the original trauma of 1493 seem to have used the opportunity of the Dutch rule in Recife to return to Judaism. This essay examines the evidence for a continued and reinforced trauma, as well as for signs of different levels of possible memory of the Judaism belonging to very young children.
Contient:Enthalten in: Revista lusófona de ciência das religiões